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Everything is a Choice

🍀 Escolho a paz e a harmonia pois é o melhor para mim! 🍀

Everything is a Choice

🍀 Escolho a paz e a harmonia pois é o melhor para mim! 🍀

No momento certo

Rapariga do Campo, 11.02.24

Há mensagens que aparecem exactamente naquele momento em que estavam a ser mesmo necessárias, e esta veio quando estava mesmo a precisar. Foi o empurrão para deixar de procrastinar, para deixar a preguiça de lado numa certa área da minha vida. Depois tenho que fazer o mesmo para as restantes áreas dela. Precisava de ouvir tais palavras para passar à acção.

Obrigada às duas pessoas que me mostraram o quão errada eu estava, e por me ajudarem a ver que tenho mesmo que mudar se quero que algo na minha vida deixe de acontecer.

Piadas parvas

Rapariga do Campo, 05.01.24

Houve um concurso onde trabalho e um senhor com idade para ser meu pai, que tem uma ligeira deficiência, ganhou um fim-de-semana num hotel 4 estrelas algures neste país. Piada de uma colega minha:

- Podias ir com ele, conduzias tu o carro e iam os dois divertir-se.

Mal ela sabe que o homem conduz e que somos primos para aí em quarto grau. Só lhe disse "Pois, que piada".

Mais tarde lembrei-me do que lhe podia ter respondido:

- Você é que está sempre a queixar-se do seu marido, podia ir você com ele e ia espairecer e desanuviar, assim esquecia os problemas que tem em casa.

Só que não me ocorreu naquele momento, só quando já estava em casa e a comentar o sucedido com a minha mãe que me respondeu:

- Se não disseste é porque não era suposto, tu não és pessoa de dizer esse tipo de coisas parvas como ela.

 

Deve-lhe fazer muita confusão eu ter 30 anos e ser solteira e morar com os meus pais, e a filha dela ter 27 e morar com o namorado na casa que ela está a pagar. Ainda bem para a rapariga. Eu ainda não tive a possibilidade. Mas quando a tiver ninguém a saberá para não haver maus agoiros.

Notícias tristes que trazem à tona bons momentos

Rapariga do Campo, 01.11.23

É triste dizer que não temos amigos, mas eu posso dizer isso: quase não tenho amigos. Os que tenho posso contar pelos dedos das mãos. Amigos do tempo do ensino básico então... isso nem se fala. Mas há um que me marcou. Talvez pela maneira como nos conhecemos ou então por ter sido aquele rapaz por quem o meu coração bateu mais forte pela primeira vez (um rapaz na primária não conta, sabia lá eu o que era gostar de alguém).

Conhecemo-nos de uma forma engraçada, nunca me hei-de esquecer daquela imagem dele a descer de bicicleta, em alta velocidade, um terreno que os meus pais e eu temos para me vir conhecer e perguntar se eu queria ir jogar alguma coisa com ele para casa do avô dele que era nosso vizinho. Desde aí que nos tornámos amigos durante alguns anos até eu mudar de escola e a amizade se esvair e os nossos contactos se perderem com o tempo.

Há umas semanas descobri que ele piorou da sua saúde. Desde que nasceu que tem um problema mas sempre tive esperança que isso tivesse estabilizado com o tempo, afinal não. Andavam a inventar que ele anda no IPO quando na realidade é outra coisa completamente diferente e bem menos grave. A maldade humana não tem limites. Pelos vistos é por isto que quando passo pela mãe dele de carro que a vejo tão triste, cabisbaixa e abatida. Nenhuma mãe quer ver o filho a sofrer.

Sinceramente fiquei triste quando a minha mãe me contou esta notícia sobre ele. Um rapaz da minha idade, um antigo amigo meu, com estas complicações todas, a fazer aqueles tratamentos... Nunca pensei que aquela doença o levasse a isso.

Espero mesmo, do fundo do coração, que ele melhore. Há algo que se calhar é dificil ele recuperar, não sei, mas desejo mesmo que ele recupere ou que pelo menos tenha força para tudo o que possa ainda vir. Sempre o vi como um rapaz forte e positivo, espero que a sua saúde fique estabilizada.

Última oportunidade

Rapariga do Campo, 08.10.23

Mandei mensagem a saber como estão. Respondeu logo com um testamento, porém depois da minha resposta não disse mais nada. Talvez não tenha gostado do que eu lhe disse. É a vida. Eu também não gosto da ausência dela.

Ao que parece a filha tem andado muito doente, mas nas redes sociais (embora não sejamos amigas lá, eu admito que sou curiosa como diz a minha tia) ela está sempre com publicações do quanto a filha é saudável e está a crescer bem, do quanto são felizes e dos momentos de diversão que passam juntas. Irónico, a mim disse-me que está cansada e que as coisas não andam a correr como era suposto.

Sugeriu que nos encontrássemos para metermos a conversa em dia pois precisa de sair da rotina. Engraçado, ainda agora esteve de férias com a filha numa das praias mais frias do país, não foi saída suficiente da rotina? Respondi-lhe que não havia problema, mas que teria que me avisar com antecedência porque tenho tido coisas marcadas nos finais de dia e aos fins-de-semana mas que era quando ela quisesse. Ah, e que podia vir ter comigo a minha casa e íamos passear a algum lado, para não ser sempre eu a ir ter com ela à terra dela. Lá está, não deve ter gostado da minha sugestão... Pelo que parece devo ter que ser sempre eu a mandar mensagem, a telefonar, a combinar o dia, a ir ter com ela à casa dela. Está enganada. A nossa amizade pode ser longa, muito longa, mas eu estou cansada.

Estou cansada de andar atrás de uma amiga que não me liga nenhuma mas tem tempo para as redes sociais. Ok, é casada e eu não. Tem uma filha e eu não. Mas porra, somos, supostamente, melhores amigas há 15 anos, isso não significa nada? Não arranja 5 minutos para falar comigo? Quando a miúda está a dormir, por exemplo. A vida é assim tão ocupada? Sempre que mando mensagem responde uma vez e depois deixa de responder. Já nem me dou ao trabalho de telefonar, já sei que vou ser ignorada. Por isso desisti das chamadas telefónicas. Agora só mensagens e até essas já estou a caminho de desistir. É certo que moro com os meus pais, mas também tenho a casa para tratar e cuidar, só me falta o marido e um filho ou uma filha. Mas que culpa tenho eu se não me aparece um príncipe encantado? E consigo ter tempo para falar com as pessoas.

Esta foi a última oportunidade que lhe dei. Quer marcar um encontro comigo? Então marque. Foi ideia dela, ela é que tem que dizer alguma coisa, não sou eu. Eu não lhe vou dizer mais nada. Aposto que ela agora só me dirá algo no meu aniversário no final do ano. Se se lembrar que eu faço anos, com sorte até se esquece. Se até lá não me disser nada eu só lhe direi algo igualmente em Dezembro: a desejar um Feliz Natal.

Já diz o ditado: amor com amor se paga.

Fácil para ele, mas diferente para mim

Rapariga do Campo, 24.09.23

O que pode ser fácil para nós pode não ser fácil para o outro. E o contrário também: o que pode ser fácil para o outro pode não ser fácil para nós. Não é porque moramos com os pais que temos a vida facilitada, que conseguimos poupar mais que os outros que vivem sozinhos.

Numa caminhada com um amigo que, assim como eu, também mora com os pais diz que eu consigo poupar como ele para investir num projeto mais tarde para depois ter o lucro desse investimento. O que é que ele sabe? É porque moro com os meus pais que não tenho gastos? Ele mora com os pais em que ambos trabalham. Eu moro com os meus pais em que só o meu pai trabalha, há um ano e tal que está de baixa e não tem recebido tanto como o suposto ordenado mínimo que devia ganhar. Assim sendo a quem cabe pagar boa parte das despesas da casa? Pois, a mim. E se esse meu amigo não paga nada em casa... se não contribui para as despesas de luz, água, alimentação, bom para ele. Eu não ficava bem com a minha consciência morar com os meus pais, ser a minha mãe a cozinhar e eu não pagar nada em casa, não contribuir para as despesas.

Por isso não caro amigo, não me é assim tão simples poupar para investir mais tarde nem para investir naquilo que quero. Porque entretanto há despesas para pagar em casa e nem sempre sobra grande coisa.

Finalmente o Outono!

Rapariga do Campo, 23.09.23

Parece que o Outono está mesmo aí. Já se notam os dias mais frescos e mais curtos. Já tenho saudades de andar com camisolas quentinhas de manga comprida e guardar as de manga curta. Apetece-me voltar a vestir os casacos de meia estação e largar os casacos frescos de verão.

Mas as temperaturas quentes ainda continuam por cá mesmo que hoje tenha começado o belo do Outono, por isso acho que os casacos e as camisolas vão ter que esperar mais uns dias.

Dia bem passado

Rapariga do Campo, 17.09.23

Fui à capital ter com uma amiga um pouco mais velha que a minha mãe - a minha Mestre. A minha mãe ficou a dar um passeio pelas redondezas enquanto eu fiquei na aula com as colegas. São aulas às quais vou apenas quando posso e felizmente pude ir desta vez.

Estava um dia agradável. Levámos almoço e almoçámos sentadas nuns bancos a observar os carros que passavam. A minha Madrinha ainda foi ter connosco e estivemos um bocado com ela antes de eu ir para a aula que era durante a tarde.

Que aula! Foi bastante produtiva. Aprendi coisas novas e assuntos sobre os quais tenho que pesquisar para aprofundar melhor. A minha Mestre diz que eu estou com melhor ar e mais luminosa. Agradeci-lhe as palavras. Nunca pensei que alguém me visse assim. Há algum tempo que não nos víamos e por isso ela tem uma boa distância temporal para poder comparar o meu eu de há uns 3-4 meses atrás até agora. Mas fiquei muito feliz por saber que estou com melhor ar, é sinal que o trabalho que tenho feito em mim está a dar resultados.

No final, ela ainda nos levou à estação dos comboios para regressarmos a casa. Foi uma viagem de chamadas de atenção e de mais lições agora que estávamos só nós as duas e a minha mãe. Não sei o que é que aquela senhora tem, mas ela consegue puxar as orelhas sem ser agressiva, e aquilo que me diz porque é para o meu bem e para eu melhorar, eu oiço e pronto, guardo em mim e na cabeça, tenho que aprender a lição vinda da Mestre. Deu-me exercícios para fazer e eu cá me esforçarei para os fazer sempre que as situações surgirem.

Sem dúvida que foi um dia muito bem passado com muitas aprendizagens. A minha mãe saiu da rotina e andou a passear sozinha pelo quarteirão, pôde espairecer um pouco e fazer uma caminhada. E eu pude igualmente sair da minha rotina, rever a minha Mestre, pessoa que eu tanto gosto e que espero ter sempre na minha vida.

Falta de civismo

Rapariga do Campo, 31.08.23

Finalmente já passou a altura da festa da minha terra. Para mim é a pior altura do ano. Nem é pelo barulho até às 6h da manhã mas sim pela falta de civismo existente por parte das pessoas do sexo masculino, e às vezes até do feminino.

Se há coisa que abomino é falta de pontualidade e falta de civismo. O barulho aguenta-se. É altura de festa portanto é normal haver música e risos até altas horas. Mas virem mijar - porque é mesmo assim! - contra a parede da minha casa existindo casa de banho há 30 anos, durante o ano inteiro, no lugar onde a festa é feita? Isso é que não! Nem podem dizer que está escondida porque existe uma sinalização perfeitamente visível para as ditas cujas. Uma masculina e outra feminina. Ou quando vão a um centro comercial também fazem no primeiro sítio que aparece? Até raparigas já apanhei a agacharem-se entre a parede da minha casa e do meu carro. Não venham com a conversa das doenças porque então também não usariam os wc's dos centros comerciais, cafés ou de supermercados. Estes têm portas decentes, sanita, urinol, são wc decentes para uma terriola tão pequena como é. Mas não. Preferem armar-se em cães e despejar a bexiga contra as paredes e até portas das casas das pessoas. Da minha casa e dos meus vizinhos.

Acho uma vergonha que homens, HOMENS! Com idade para terem juízo façam coisas destas. Adolescentes é compreensível mas fogo... Gente com 20 e tal anos, com 30-40 anos, e até 60-70 anos eu apanhei a fazerem-no. Tudo gente que já devia ter um certo juízo. Porra, também gostavam que fossem fazer xixi nas paredes, portas e portões das casas deles? E ao pé dos carros? Parece que há quem se esteja a tornar como os cães. A diferença é que esses pelo menos não dão respostas tortas quando se indica onde é o wc público uma vez que a parede da nossa casa não é nenhuma casa de banho.

A sorte que eu tenho...

Rapariga do Campo, 25.08.23

Mudei durante uns dias de lugar de trabalho para substituir colegas. Ainda nem acredito no que me aconteceu:

Tive um homem de 50 e tal anos, paquistanês, que apenas fala inglês, a fazer-se a mim. Ajudei-o, uma vez que é essa a tarefa do meu trabalho, falei um pouco com ele com o meu inglês arranhado. Soube que está a morar cá em Portugal e eu disse-lhe que então tem que aprender português. E o que é que ele me respondeu? "For you I learn portuguese". Menos, por favor. Ele tem uma ou duas filhas mais ou menos da minha idade. Só não me contou o que é feito da mulher dele. E a convidar-me para irmos beber um coffee? Não tem sorte, vi-o e conversámos duas vezes, visto que o meu trabalho faz com que eu tenha que dar atenção às pessoas, daí termos conversado um pouco. Mas daí a ir ao café com ele... Sou um bocado desconfiada. Se calhar por isso é que estou solteira, eu sei. Já me dei tanto que pronto, agora fechei-me.

Não tenho nada contra com quem é capaz de conhecer, de se relacionar com pessoas mais velhas. É-me indiferente, cada um sabe de si. Mas eu não sou capaz, nem mesmo de tentar. E nem é por ser paquistanês porque eu tenho uma amiga indiana. Só que... bem que ele podia ser uns 20 anitos mais novo. Eu sei que podia dar uma oportunidade ao homem, conhecê-lo e tal, aceitar o convite do coffee. Mas para mim não dá. Com a idade do meu pai? Não dá.

Vitimização

Rapariga do Campo, 20.08.23

Isso de ir para as redes sociais fazer de vítima é coisa que não entendo. É para ganhar gostos e sentir aquele apoio à distância de comentários. Acho que ela devia procurar um psicólogo. Nunca consegui fazer isso: mandar indirectas nem escrever essas coisas "ai estou tão doente, meu Deus nunca me senti tão mal" só para ter comentários que me desejassem as melhoras.

Pior é quando vai para um grupo privado de trabalho onde estão os chefes e me mete a mim em causa em vez de me dizer as coisas na cara. Para ir fazer-se de vítima a escrever no grupo de trabalho que serve apenas para isso - trabalho - tem coragem de escrever. Mas para me dizer as coisas na cara não há coragem. Mas depois teve que me falar e pedir desculpa pelo que escreveu embora tenha sido pelo telefone. Assim como eu também lhe pedi desculpa pelo que disse sem maldade nenhuma, pelo telefone. Se ela me tivesse dito logo na cara...

Quero ver as cenas dos próximos episódios quando chegar a semana que vem.