O cérebro gosta de pregar partidas
Ultimamente tenho tido algumas dores nos ombros devido ao trabalho que tenho que é bastante físico e às vezes pesado. Estou a ponderar seriamente em marcar uma massagem numa massagista que há aqui perto. Não é caro e pelo menos ajudaria-me a relaxar os músculos dos ombros e das costas... Se acordo a meio da noite, acordo tão cansada que parece que fui atropelada - salvo seja, felizmente nunca sofri um acidente desse género.
Deve ser por causa destas dores que o meu cérebro se lembrou de me pregar uma pequena partida e fez-me sonhar com alguém pelo qual fui em tempos demasiadamente apaixonada. Sonhei que por uma qualquer razão ele tinha vindo cá a casa, mas era uma casa bastante diferente da minha mas era onde eu morava com os meus pais. E ele estava a fazer-me uma massagem nos ombros estando eu sentada numa cadeira da cozinha. Acordei sem saber o que pensar. Aquela imagem levou-me até uns bons anos atrás onde ele me fazia isso: massagens nos meus ombros que me aliviavam as dores por eu passar demasiadas horas sentada ao computador. Aquelas mãos eram, e devem continuar a ser, maravilhosas. Pelo menos a fazer massagens nos ombros, porque noutros aspectos não faço a mínima ideia. Sortuda é a rapariga porque quem ele se apaixonar a sério.
Não sei porque a minha mente decidiu trazer aquele rapaz à minha memória. Sinceramente não tenho pensado nele nem no que senti por ele. Não falamos há meses, desactivei as minhas redes sociais o que faz com que eu não saiba de nada sobre ele ou sobre outras pessoas que em tempos me foram importantes. Não entendo, mas provavelmente não é para entender. Só sei que este mísero sonho que deveria ser insignificante me fez ficar com saudades daquela pessoa que foi tão importante para mim numa altura da minha vida. E não gosto destas saudades.
Já pensei que se calhar é o meu cérebro a dizer para lhe mandar mensagem a perguntar como ele está, mas por outro lado o mais provável é ele responder secamente ou nem sequer responder. Por isso mais vale ficar quieta. Por muito que me apeteça enviar-lhe uma mensagem a saber dele sei que isso irá abrir portas a sentimentos que não tenciono ter neste momento. O melhor é mesmo deixar-me estar sossegada no meu canto. Talvez daqui a uns tempos lhe diga qualquer coisa.
Daqui a nada já me esqueci disto e volta tudo ao normal.