De repente
No trabalho, de repente, ele entrou no meu pensamento e não saiu de lá.
Fui à casa de banho, lavei a cara. Debrucei-me nas minhas tarefas na esperança vã que ele desaparecesse da minha mente. Só que não saiu.
Aquela vozinha pequenina continuava lá dizendo "Vá, manda-lhe mensagem, tu queres saber dele, querer falar e desabafar com ele".
A minha psicóloga está sempre a dizer-me que se eu tenho vontade de fazer as coisas então eu devo fazê-las caso contrário vou ficar a remoer nos "ses" e isso vai fazer-me mal no futuro. Ela nem conhece esta história, talvez um dia eu tenha coragem de partilhar com ela.
E eu fiz. Mandei mensagem e para surpresa minha respondeu no momento. Falámos um pouco. Será que vamos meter conversa em dia ou será que ele vai deixar de responder como tantas vezes fazia antigamente? Não sei.
Veremos como corre. Espero, do fundo do coração, que os sentimentos profundos que outrora tive por ele não voltem. Amei-o tanto, tanto... demasiado, demasiado... Não posso nem devo continuar a alimentar isto. Eu estava tão bem antes dele aparecer na minha cabeça outra vez... estava tão bem e de repente...